Três Ensaios sobre Política Monetária e Preços de Ativos

Júlia Cordova Klein.

18/08/2014

Orientador: Carlos Viana de Carvalho.

Co-orientador: Marcelo Medeiros. Marcel Scharth.

Banca: Arnildo da Silva Correa. Márcio Gomes Pinto Garcia. Marco Antonio Cavalcanti. Tiago Couto Berriel.

http://www.dbd.puc-rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0921376_2014_Indice.html

Nível: Doutorado

Esta tese é composta por três artigos independentes. O primeiro capítulo busca analisar a relação entre a comunicação do Banco Central do Brasil, divulgada juntamente com a decisão da meta da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária – COPOM, e as oscilações ocorridas na estrutura a termo da taxa de juros brasileira. A metodologia aplicada segue Gürkaynak, Sack e Swanson (2005). Os resultados indicam haver mais de uma dimensão guiando a relação entre as ações de política monetária brasileira, sugerindo que tanto a decisão da taxa de juros quanto os statements divulgados concomitantemente a ela impactam a trajetória dos yields de diferentes maturidades, com efeito maior dos statements sobre os vértices mais longos da curva. O segundo capítulo analisa a interação entre preços de ativos de risco e flutuações macroeconômicas a partir de um modelo DSGE com rigidez de preços. Além do efeito-riqueza, incluído no modelo por meio do arcabouço de Blanchard (1985) e Yaari (1965,0), outro canal incluído baseou-se no efeito psicológico por trás das decisões de investimento dos agentes econômicos, conhecida como Prospect Theory, que assevera que os agentes investem em ativos de risco não apenas para elevar seu nível de consumo futuro, mas também pela utilidade que uma escolha de investimento bem sucedida pode lhe proporcionar, como em um jogo de apostas. Esse mecanismo também busca proporcionar um fit melhor entre os prêmios de risco construídos a partir de modelos DSGE e aqueles encontrados nas séries históricas. Exercícios de impulso-resposta ilustram a existência de interdependência entre esses dois setores, indicando que flutuações nos preços de ações interferem na trajetória de atividade real, inflação e taxa de juros. Também sugerem que choques no mercado financeiro ou de política monetária geram oscilações de menor magnitude nas variáveis macroeconômicas quando policymakers reagem diretamente a oscilações nos preços de ações. Ainda, percebe-se que a inclusão desse efeito psicológico guiando as decisões dos agentes (‘prospect theory suavizado’) eleva a magnitude das oscilações macroeconômicas pós-choques exógenos no prêmio de risco do mercado. Por fim, o terceiro capítulo busca estudar a interdependência entre o mercado de ações e flutuações macroeconômicas de forma empírica, utilizando um modelo de vetor autorregressivo com limiar com imposição de restrições de curto e longo prazos nos multiplicadores dos choques, como sugerido por Bjornland e Leitemo (2009,0), de forma a manter intacta a relação contemporânea existente entre as oscilações na taxa de juros e nos preços de ações. Exercícios de impulso-resposta indicam que choques nos preços do S&P 500 afetam a trajetória da taxa de juros norte-americana. Do mesmo modo, sugerem que choques na política monetária norte-americana também afetam os retornos do S&P 500, sendo que a magnitude dessa resposta é maior quando o choque atinge a economia em períodos de stress econômico.

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