E se o Brasil não tivesse adotado câmbio flutuante em 1999?

TD n. 645 2015

Carlos Viana de Carvalho, André Dornfeld Vilela .

Estimamos um modelo dinâmico, estocástico, de equilíbrio geral para a economia brasileira, levando em conta explicitamente a transição do sistema de bandas cambiais para o regime de metas para a inflação com câmbio flutuante, ocorrida em 1999. O modelo estimado produz dinâmicas bastante distintas sob os dois regimes monetários. Construímos, então, algumas histórias contrafactuais da transição entres os dois regimes, utilizando as séries de choques estruturais estimados. Nossos resultados sugerem que a manutenção das bandas cambiais teria sido praticamente inviável, na medida em que a taxa de juros teria que ter permanecido em níveis extremamente elevados por vários trimestres e a atividade econômica teria contraído fortemente. Acelerar o ritmo de desvalorização da taxa de câmbio após a Crise da Ásia teria produzido taxas de inflação e de juros maiores e atividade econômica um pouco mais fraca. Por último, o modelo sugere que o primeiro semestre de 1998 pode ter oferecido uma janela de oportunidade para uma transição suave entre os dois regimes monetários.

Login - Área do Aluno

Login ou senha invalido!

Search here