Três Ensaios em Desenvolvimento Econômico

Napoleão Luiz Costa da Silva.

19/12/2016

Orientador: Eduardo Zilberman.

Banca: Carlos Henrique Corseuil. Gabriel Ulyssea. Juliano Assunção. Felipe Iachan.

Três Ensaios em Desenvolvimento Econômico

Nível: Doutorado

Esta tese é composta de três artigos em Desenvolvimento Econômico. No primeiro artigo avaliamos o impacto de reduções em três diferentes restrições financeiras sobre o PIB per capita no Brasil. Neste caso, analisamos qual das três fricções financeiras (custo de participação no mercado de crédito, limite de endividamento ou custo de monitoramento) é a mais importante para afetar o PIB per capita no Brasil. Para tanto, utilizamos uma versão do modelo de crescimento neoclássico com agentes heterogêneos e três fricções financeiras. O modelo é calibrado para a economia brasileira em 2009 e fazemos exercícios de simulação onde avaliamos os impactos de reduções nas fricções financeiras. No primeiro exercício, a eliminação do custo de participação no mercado de crédito gera um aumento no PIB per capita de 7%. No segundo exercício, a eliminação do custo de monitoramento gera uma elevação no PIB per capita de 2,4%. No terceiro exercício avaliamos um relaxamento nas restrições de endividamento. Os resultados mostram que a redução dos colaterais no Brasil elevaria o PIB per capita em 12%. Neste contexto, a restrição financeira com maior impacto sobre o PIB per capita, no caso brasileiro, é o limite de endividamento. Por fim, fazemos um exercício de decomposição do crescimento do PIB per capita gerado pela redução das fricções financeiras em termos das margens extensiva e intensiva. No segundo artigo buscamos analisar os efeitos macroeconômicos do aumento do crédito com recursos livres no Brasil no período 2001-2011. Em termos mais específicos, avaliamos os impactos do aumento do crédito sobre o PIB per capita. Para tanto, utilizamos uma versão do modelo de crescimento neoclássico com agentes heterogêneos, restrições de crédito e escolha ocupacional, calibrado para a economia brasileira em 2001 e simulamos, no modelo, o aumento do crédito com recursos livres ocorrido no período. Nossos resultados mostram impactos significativos do aumento do crédito para as firmas sobre o PIB per capita. No exercício realizado, o aumento no crédito com recursos livres para as firmas de 9,5%, em 2001, para 15% do PIB em 2011, gerou um aumento de 1,5% no PIB per capita no período. Além disso, o aumento do crédito também gerou impactos significativos sobre o consumo, a produtividade total dos fatores e sobre o estoque de capital. O terceiro artigo analisa os efeitos do aumento do crédito com recursos livres para as firmas sobre o percentual de empresários na economia brasileira, no período 2004-2008. Para tanto, utilizamos uma versão do modelo de crescimento neoclássico com agentes heterogêneos, restrições de crédito e escolha ocupacional. Na implementação do modelo, utilizamos uma abordagem mista de estimação e calibração para a economia brasileira em 2004. Nós simulamos, no modelo, o aumento do crédito para as firmas, ocorrido no período. Nossos resultados mostram impactos significativos do aumento do crédito para as firmas sobre o percentual de empresários na economia. No exercício realizado, o aumento no crédito com recursos livres para as firmas gerou um aumento de cerca de 5% no percentual de empresários na população total entre 2004 e 2006. Além disso, o aumento no acesso ao crédito elevou o PIB per capita em 2% entre 2004 e 2008. Neste caso, a elevação do crédito explica cerca de 14% da elevação do PIB per capita no período.

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