Curva de Phillips americana: o caso da inflação perdida

Carlos de Carvalho Macedo Neto.

15/08/2017

Orientador: Márcio Gomes Pinto Garcia.

Banca: José Carlos dos Reis Carvalho. Waldyr Dutra Areosa.

Curva de Phillips americana: o caso da inflação perdida

Nível: Mestrado Profissional

O presente trabalho investiga a dinâmica mais recente da inflação americana. A principal motivação é o fato da mesma se encontrar em patamar aquém do projetado pelo banco central e analistas, questão que denominamos como o “caso da inflação perdida" em analogia ao "caso da deflação perdida" da Grande Depressão de 2008.

Com o arcabouço teórico utilizado por Ball e Mazumder (2015), buscamos responder os principais temas em debate na conjuntura atual: Por que a inflação não está acelerando? Houve um achatamento da Curva de Phillips? Por que o nível da inflação está baixo?

Concluímos que a inclinação da Curva de Phillips pouco se alterou, refutando a tese de achatamento - muito presente nas discussões atuais. Com menor grau de convicção, mas com evidências convincentes, verificamos a existência, ainda que pequena, de uma ociosidade no mercado de trabalho assim como uma queda na NAIRU de curto prazo e na taxa natural de desemprego, o que justificaria a ausência de uma aceleração na inflação. Além disso, defendemos que a principal alteração na relação ocorreu via um deslocamento para dentro da Curva de Phillips, devido à queda na expectativa de inflação dos agentes econômicos. Argumentamos que este fenômeno coincidiu com o choque estrutural na oferta de petróleo, o que junto com outros fatores - como choques tecnológicos - justificam um menor nível de inflação esperada para os próximos anos. Baseado neste estudo, entendemos que a meta de dois por cento do banco central americano torna-se mais desafiadora, o que exigiria um sobreaquecimento da inflação de serviço. 

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