TESE

Essays in Econometrics

13/08/2012

Priscilla Burity

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Orientador(a): Marcelo Medeiros

Co-orientador(a): Luciano Vereda Oliveira

Banca: Caio Ibsen Almeida, Carlos Viana de Carvalho, Juliano Assunção, Luiz Henrique Bertolino Braido.

Este trabalho consiste de quatro artigos e está dividida em duas partes distintas. A primeira está relacionado a modelos de estrutura a termo estimados para países cujos títulos soberanos são considerados sujeitos a default.. A segunda parte é sobre crescimento e convergência. No primeiro artigo da primeira parte, usamos um modelo de estrutura a termo afim sem arbitragem em que diferenciais de rendimento de títulos soberanos são usados como variáveis dependentes em uma equação que inclui, entre outros, as variáveis fiscais. Em particular, estamos interessados na contribuição do déficit e da dívida na expansão dos spreads soberanos nos anos após o início da actual crise financeira e econômica que se iniciou em 2007. Nossa ideia é distinguir os efeitos de choques fiscais dos efeitos dos choques em outras variáveis macroeconômicas e indicadores potencialmente relevantes de aversão ao risco. Escolhemos três países da zona euro para esta análise: Espanha, Grécia e Itália. Notamos que a dívida do próprio país tem desempenhado um papel importante na ampliação recente dos spreads, sobretudo para a Grécia e Itália. Para a Espanha, o recente aumento dos spreads está sendo impulsionado principalmente pelas variáveis relacionadas com a Alemanha (entre as quais a dívida alemã é a mais importante entre eles,0), e estresse do mercado (representada por um índice alto rendimento). Os diferenciais de rendimento da Grécia respondem mais fortemente a choques na dívida pública e déficit. Um choque de um desvio padrão no déficit do país provoca uma resposta inicial da produção de um ano se espalhou de 30% do seu desvio padrão. No segundo artigo da primeira parte, usamos um modelo de sem arbitragem para investigar os determinantes da estrutura a termo dos spreads soberanos brasileiros e as expectativas da taxa de câmbio no Brasil. Nosso objetivo é explicar a tendência geral de redução dos spreads soberanos brasileiros observados nos últimos anos em dólares americanos e mercado de títulos brasileiro real (BRL). Nossos exercícios indicam que fatores ligados à economia brasileira tiveram uma contribuição positiva para os spreads 1999-2006 e, na maior parte deste período, os fatores ligados à economia dos EUA tiveram uma contribuição negativa. Desde o final de 2007, esse cenário inverteu. Além disso, apresentam-se evidências de que a melhoria na nossa indicador de solvência externa, juntamente com a melhoria no cenário de inflação, é o principal responsável pela redução de spreads a partir do meio de 2007. Também encontramos evidências de que o desconto previsto no preço do título denominado em BRL devido especificamente ao risco de câmbio não varia com os fundamentos econômicos ou mesmo com variáveis relacionadas aos yields. O primeiro artigo da segunda parte propõe uma abordagem semi-paramétrica para controlar a heterogeneidade não observada em modelos de regressão linear. Utilizamos  estimadores extremos de redes neuras e o modelo é ilustrado em uma aplicação para a convergência de renda per capita entre os municípios brasileiros. Finalmente, no segundo artigo da segunda parte, vamos explorar os desenvolvimentos recentes sobre a convergência para a produtividade industrial. Em Unconditional Convergence (2011,0), Dani Rodrik documentou que as indústrias de manufatura apresentam convergência incondicional da produtividade do trabalho. Nós fornecemos uma especificação semi-paramétrica para as equações de convergência e mostramos que o ritmo de convergência varia sistematicamente com características específicas dos países, desafiando resultado de Rodrik. Consideramos o modelo de transição flexível lisa com múltiplas variáveis de transição, o que permite que cada grupo tenha uma dinâmica distinta controlada por uma combinação linear de variáveis conhecidas. Assim como Rodrik, encontramos que o crescimento da produtividade está negativamente relacionado com a produtividade inicial, mas que países com instituições piores têm um nível de equilíbrio de produtividade mais baixo. A taxa de crescimento da produtividade também tem uma relação não monotônica com a abertura comercial e educação, sendo mais rápida nos extremos. 

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