Aqui você encontra as teses e dissertações defendidas, textos para discussão e produção acadêmica e de opinião de professores e alunos do Departamento de Economia.
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EconomiA , 2050
Since the mid 1990s, theories of speculative attacks have argued that fixed exchange rate regimes induce excessive borrowing in foreign currency as an optimal response to implicit guarantees that the government will not devalue the domestic currency. Using data on Brazilian firms before and after the end of the fixed exchange rate regime in 1999, we estimate the relevance of the government guarantees by comparing the changes in foreign debt of two groups of firms: those that hedged their foreign currency debt prior to the exchange rate float and those that did not. Using the difference-in-differences approach, in which firm-specific characteristics are introduced as control variables, we exclude the macroeconomic effects of the change in the exchange rate regime and the possible differences in foreign debt trends of the two groups of firms, thus obtaining an estimate of the impact of the government guarantees on borrowing in foreign currency. The results suggest that the guarantees do not induce excessive borrowing in foreign currency.
Review of Environmental Economics and Policy, 2025
Global population is projected to continue increasing until 2100. Even in the absence
of increasing incomes, feeding a growing population will require more land, more
machinery, more agricultural inputs, and continued innovation in agricultural technology.
The relationship between increased agricultural production and environmental
degradation is a central challenge to human well-being. This article compiles available
evidence on the relationship between agriculture and the environment, focusing on the
tropics, where potential tradeoffs between food production and environmental quality
are particularly acute because much larger shares of the population depend upon agriculture
for work and subsistence. While our main focus is on land use, where applicable
we also touch on associated environmental services, such as soil and air quality and attempt
to catalog policies that highlight synergies and tradeoffs between agricultural
livelihoods and environmental quality.
Jennifer Alix-Garcia, Juliano Assunção, Teevrat Garg, Prakash Mishra, Fanny Moffette.
O Globo e O Estado de S.Paulo, 04/07/2025
Rogério Werneck.
The Review of Economic Studies, 2025
Discrete choice data allow researchers to recover differences in utilities, but these differences may not suffice to identify policy-relevant counterfactuals of interest. In fact, in the case of dynamic discrete choice models, only a narrow set of counterfactuals are point-identified. In this paper, we explore how much one can learn about counterfactual outcomes of interest within this framework. We focus on the partial identification of counterfactuals, while allowing for (mild) model restrictions that can gradually shrink the identified set. We derive bounds for low-dimensional objects (such as average welfare) as arguments of optimization programs, along with a uniformly valid inference procedure. Furthermore, we develop new and tractable computational tools and algorithms suitable for dealing with high-dimensional problems like this. Finally, we illustrate in Monte Carlos, as well as an empirical exercise of firms’ export decisions, the informativeness of the identified sets, and we assess the impact of (common) model restrictions on results.
Myrto Kalouptsidi, Yuichi Kitamura, Lucas Lima, Eduardo Souza-Rodrigues.
Paris Report 3: Global Action Without Global Governance: Building coalitions for climate transition and nature restoration
Jean Pisani-Ferry; Beatrice Weder di Mauro, Jeromin Zettelmeyer, CEPR,
2025
Juliano Assunção, José A. Scheinkman .
Journal of Development Economics, v. 177, 2025
In this paper, we argue that adjustments in non-wage compensation are empirically relevant and have important implications for understanding the effects of labor supply shocks. We examine the labor market impacts of internal migration in Brazil through a shift-share approach, which combines weather-induced migration with historical settlement patterns at each destination. Our findings indicate that increasing migration inflows lead to a reduction in formal employment while simultaneously increasing informality by a similar magnitude. Like previous studies, we observe a significant negative impact on earnings in the informal sector. Additionally, we provide evidence that the proportion of formal workers receiving non-wage benefits declines, underscoring that substantial adjustments take place in the formal sector, even in a context of high informality. We interpret our results within a framework that incorporates both formal and informal labor inputs, as well as non-wage benefits, and generates predictions closely aligned with our empirical findings.
Raphael Corbi, Tiago Ferraz, Renata Narita.
O Globo e O Estado de S.Paulo, 20/06/2025
Rogério Werneck.
Valor Econômico, 18/06/2025
Márcio Garcia.
Journal of Development Economics, 2025
Juliano Assunção, Arthur Amorim Bragança, Rafael Araujo.
O Globo e O Estado de S.Paulo, 09/05/2025
Rogério Werneck.
28/04/2025
Líderes políticos incumbentes frequentemente exageram sua influência sobre o ciclo econômico doméstico durante períodos de crescimento, mas terceirizam a responsabilidade para fatores externos durante recessões. Esta dissertação busca separar e quantificar a contribuição de choques domésticos e externos sobre a atividade econômica do Brasil. Nós empregamos um modelo de vetor autoregressivo estrutural estimado com técnicas Bayesianas entre 1999-2024. Identificamos os choques usando uma estrutura recursiva em blocos baseada na hipótese de pequena economia aberta e decompomos o crescimento do PIB brasileiro entre eles. Concluímos que choques domésticos são o principal determinante do ciclo econômico brasileiro, embora choques externos também desempenhem um papel significativo. Não corrigir pelas observações extremas registradas durante a pandemia de COVID-19 infla a contribuição percebida dos fatores globais. Ademais, as recessões no Brasil não são todas iguais com respeito à "nacionalidade" de suas causas primárias. Por exemplo, a de 2008-09 foi mais externa, enquanto que a de 2014-16 mais doméstica.
Bernardo Fernandes Faria.
Orientador: Yvan Becard.
Co-orientador: Lucas Lima.
Banca: Márcio Garcia. Danilo Cascaldi-Garcia.
O Globo e O Estado de S.Paulo, 25/04/2025
Rogério Werneck.
24/04/2025
A previsão de inflação é central para a política monetária, e a tomada de decisão eficaz em contextos de incerteza exige uma abordagem de gestão de riscos que considere toda a distribuição de possíveis cenários, em vez de se basear apenas em estimativas pontuais. Este trabalho avalia a acurácia e a relevância para a política econômica das previsões probabilísticas de inflação no regime de metas de inflação do Brasil. Iniciamos analisando as distribuições preditivas do Banco Central do Brasil (BCB) e documentamos uma subestimação sistemática da incerteza inflacionária. Como alternativa, implementamos um modelo de Curva de Phillips Quantílica (QPC), que apresenta melhor calibração — especialmente nos quantis intermediários superiores, uma faixa crítica diante do histórico de assimetria à alta inflação no Brasil. Em seguida, comparamos a capacidade dos modelos em avaliar riscos de descumprimento da meta de inflação. Enquanto as previsões do BCB oferecem apenas alertas de curto prazo, o modelo QPC fornece sinais informativos com até 12 meses de antecedência. A principal contribuição original do trabalho é a introdução de uma medida de risco multiperíodo de descumprimento da meta, que combina as dimensões de persistência e momento temporal, estimada por meio de uma abordagem flexível baseada em cópulas. Aplicada ao modelo QPC, essa estrutura identifica descumprimento persistentes da meta de inflação com até seis meses de antecedência, oferecendo aos formuladores de política uma ferramenta valiosa para uma gestão de riscos mais refinada e prospectiva.
Felipe Gomes de Vasconcelos Musa.
Orientador: Márcio Garcia.
Co-orientador: Lucas Lima.
Banca: Marcelo Medeiros. João Victor Issler.
16/04/2025
Em um país onde o trabalho informal é a principal alternativa para os jovens e mais da metade dos estudantes que entram na faculdade abandonam o curso antes de se formar, um choque repentino de renda - como a perda de emprego dos pais - pode alterar significativamente o comportamento de busca por trabalho e a frequência no ensino superior. No entanto, sabe-se pouco sobre como os jovens reagem a esse tipo de choque negativo em contextos com alta informalidade. Examino essa questão utilizando uma abordagem de diferenças em diferenças e dados de painel amplos do Brasil, que capturam tanto o emprego formal quanto o informal e acompanham mais de meio milhão de pares de jovens e seus pais durante um ano. A perda de emprego dos pais aumenta a participação dos jovens no mercado de trabalho em 24%, com quase todo esse ajuste ocorrendo por meio de empregos informais e uma parcela menor através do trabalho por conta própria. Esse aumento na atividade laboral persiste um ano após o choque. Ao mesmo tempo, a permanência na faculdade cai cerca de 10%, impulsionada por saídas de instituições privadas, enquanto a matrícula em universidades públicas eventualmente se recupera com o tempo. Esses efeitos se concentram entre famílias de baixa renda e contribuem para uma nova perspectiva sobre o efeito trabalhador adicional em contextos com restrição de crédito.
Isabella Helter Claudino.
Orientador: Gustavo Gonzaga.
Co-orientador: Juliano Assunção.
Banca: Cecília Machado. Rudi Rocha.
15/04/2025
Este trabalho estuda os impactos de bem-estar de reformas na previdência social que aumentam os incentivos financeiros para a postergação da aposentadoria. Eu exploro a reforma previdenciária brasileira de 2015, a qual permitiu que trabalhadores que atingissem um somatório de idade e tempo de contribuição específico solicitassem a aposentadoria com taxa de reposição integral — um aumento médio de 30% do benefício na descontinuidade. Usando novos dados administrativos sobre pedidos de aposentadoria por tempo de contribuição vinculados a dados do mercado de trabalho, eu exploro esses incentivos únicos e substanciais para estimar a elasticidade de substituição da solicitação da aposentadoria em relação ao valor do benefício e a elasticidade-renda da aposentadoria. Os resultados indicam que a solicitação da aposentadoria não é muito sensível aos incentivos financeiros, enquanto a saída da força de trabalho apresenta uma sensibilidade maior. Em seguida, eu estendo o modelo de Kolsrud et al. (2024) e mostro que essas elasticidades, juntamente com a elasticidade-renda da solicitação da aposentadoria, são estatísticas suficientes para análises de bem-estar sempre que o requerimento da aposentadoria e a saída do mercado de trabalho forem decisões separadas. Por fim, eu avalio se mecanismos informacionais ajudam a explicar a baixa sensibilidade à reforma de 2015. Eu mostro que um maior acesso a agências da previdência não tem impacto significativo, mas que o conhecimento local a respeito de regras previdenciárias pode aumentar a sensibilidade aos incentivos financeiros.
Gabriel Thomas da Justa Lemos.
Orientador: Juan Rios.
Co-orientador: Gustavo Gonzaga.
Banca: Joana Naritomi. François Gerard.