THESIS

Essays on Labor and Development Economics

14/04/2025

Pablo Tadeu Chaves de Castro

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Advisor: Gustavo Gonzaga

Examiners: Juliano Assunção, Renata Narita, Tomás Guanziroli, Lorenzo Lagos.

Esta tese consiste em três ensaios em Economia do Trabalho e do Desenvolvimento. No Capítulo 1, investigo como a extensão obrigatória da validade dos acordos coletivos (ultratividade) aumentou o poder de barganha dos sindicatos e afetou as decisões das firmas sobre contratação e demissão. Utilizando dados emparelhados de empregadores e empregados, além de informações sobre acordos coletivos, exploro a variação no momento em que uma firma passa a estar sujeita a um acordo com ultratividade. Encontro que a ultratividade reduz contratações, aumenta demissões entre trabalhadores com maior tempo de casa e reduz demissões entre os de menor tempo. Para interpretar esses resultados, desenvolvo um modelo em que as firmas antecipam maiores custos de ajuste diante de proteções trabalhistas mais rígidas e consideram a substituibilidade entre trabalhadores. O Capítulo 2 investiga os efeitos de longo prazo da escravidão sobre as atuais taxas de homicídio e encarceramento da população negra. Utilizando a adequação do solo para culturas intensivas em trabalho escravo como variável instrumental, mostro que áreas com maior intensidade histórica de escravidão apresentam níveis persistentemente mais altos de violência e encarceramento que afetam desproporcionalmente a população negra. No Capítulo 3, aplico a metodologia proposta por Borusyak, Dix-Carneiro e Kovak (2023) para estimar os efeitos de secas e mudanças no mercado de trabalho sobre a emigração, com foco na região semiárida do Brasil. Ajusto os choques locais comparando-os à média das condições observadas nos destinos mais comuns, ponderando os choques nas regiões de destino pela proporção de migrantes que saíram de cada município de origem para esses locais. Essa abordagem mostra que os choques locais de aridez, por si só, não afetam significativamente a emigração nos anos mais recentes. No entanto, as condições econômicas relativas entre regiões continuam sendo um forte preditor dos fluxos migratórios.

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