Amanda Motta Schutze.
10/09/2015
Orientador: Leonardo Rezende.
Co-orientador: Juliano Assunção.
Banca: Gabriel Ulyssea. Joisa Campanher Dutra Saraiva. Juliano Assunção. Leonardo Rezende. Rogério Ladeira Furquim Werneck. Francisco Junqueira Moreira da Costa.
A Demanda de Energia Elétrica no Brasil
Nível: Doutorado
Esta tese é composta por três artigos. O primeiro deles estima a elasticidade preço do consumidor residencial de energia elétrica no Brasil, explorando as regras regulatórias do setor. As datas em que ocorrem os reajustes e as revisões tarifárias e o custo de geração de energia são utilizados como instrumentos para a tarifa de fornecimento. O segundo artigo estuda o comportamento do consumidor industrial de energia elétrica. Diferente do consumidor residencial, a maioria dos consumidores industriais é atendida em níveis de fornecimento de média e alta tensão e, assim, é faturada pela distribuidora pelo consumo de energia elétrica e pela potência máxima disponibilizada. O modelo proposto nesse artigo resolve o problema de maximização da utilidade gerada pelo uso da energia elétrica descontada o custo faturado pela distribuidora em função do consumo mensal e da potência máxima contratada e verificada. De acordo com o modelo, o cliente industrial não toma a decisão de consumo de energia e potência de forma separada como dois bens com preços diferentes. A sensibilidade da demanda em relação a uma variação no preço médio de eletricidade para os consumidores industriais cativos é calculada através da combinação dos dois preços existentes na fatura. O terceiro artigo investiga se as tarifas de energia elétrica são socialmente ótimas utilizando como referência o modelo de Ramsey. As elasticidades preço para os três maiores grupos de consumidores, residencial, comercial e industrial são combinadas com o custo da distribuidora para simular os preços de Ramsey. Os resultados indicam que uma diminuição na tarifa para o segmento industrial e um aumento para o residencial e comercial aumentariam o bem-estar social.